TRADUTOR

sábado, 28 de setembro de 2013

METALÚRGICOS 3/4

O papel vergonhoso da
CSP-CONLUTAS/PSTU no Congresso

Diferente do 10º Congresso quando foi a 2ª força política no Congresso, com 12 delegados [1], em 2013 a CSP só contava com um delegado no Congresso. Obviamente este fato em si em um balanço do 11º Congresso, todavia, o que este delegado fez no Congresso, auxiliado por uma delegação de meia dúzia de burocratas profissionais do PSTU/CSP como o Mancha é o que é digno de destaque. Mesmo não tendo mais peso algum mais na categoria em Campinas, o PSTU “jogou peso” neste Congresso fundamentalmente para retirar da tese guia da ASS as críticas (que assim como na tese da VM possuía duras críticas aos acordosescravocratas entre a Conlutas/PSTU e a GM) [2], diga-se de passagem acertadas, contra a política praticada pelo PSTU/Conlutas no último período no Sindicato dos Metalúrgicos de SJC” como por exemplo, no texto:
“‘O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a General Motors chegaram a uma proposta de acordo que coloca a cidade como candidata a receber um investimento de R$ 2,5 bilhões em uma nova fábrica a partir de 2017.’ Assim começa o informe do Sindicato sobre a proposta aceita que diminui salários para novos trabalhadores que não poderão ser transferidos para a atual fábrica da GM, medida essa que a direção do sindicato defende, como forma de ‘impedir’ que os trabalhadores com salários maiores sejam demitidos. No acordo não há nenhuma garantia de emprego, somente o que já existe nos acordos do ABC ‘a manutenção do nível de emprego’. A direção do sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos que faz parte do bloco que constituímos em 97, em nenhum momento discutiu, buscou ou chamou o nosso Sindicato, ou os companheiros de Limeira e Santos para discutir a estratégia de enfrentamento contra a GM. Na forma, negam o conteúdo do que fizeram: ‘acordo com o Sindicato garantiu os investimentos em São José’, o conteúdo: agora também em São José a GM conseguiu diminuir o preço da força de trabalho com acordo legitimado pela representação dos trabalhadores. Assim a GM continuará a demitir, arrochar salários, terá toda a infraestrutura garantida pelo Estado, para investir os R$2,5 bilhões nessa nova reestruturação do processo de produção que ampliará seus lucros na exata medida que aumentará a exploração.”


Notas
[1] “95% dos delegados aprovam tese da ASS – No início dos trabalhos foram apresentadas e defendidas quatro teses: a da Alternativa Sindical Socialista (ASS); da Alerta; da APS e Independentes; e do Coletivo Metalúrgico da Central Sindical Popular (CSP-Conlutas). Na votação para a definição de qual serviria como guia, a tese da Alerta só obteve dois votos; da APS apenas quatro votos e a da Conlutas, 12 votos. A tese da ASS conquistou 320 votos.”
http://www.metalcampinas.com.br/index.php/2010/setembro-2010/item/1025

[2] "1. Mesmo os sindicalistas “da esquerda”, da CSP-Conlutas (que por sua vez é hegemonizada pelo PSTU), abriram mão de lutar contra os patrões com os métodos da classe, greves e ocupações de fábricas quando a direção da fábrica da GM em São José dos Campos lançou um ataque terrível contra os metalúrgicos. A direção do Sindicato cedeu a chantagem da então maior multinacional automobilística do planeta. A multinacional ameaçou fechar a fábrica para impor demissões, suspensões, renúncia de direitos históricos e achatamento salarial. Fecharam um acordo escravocrata, de redução de direitos e salários, aumento da jornada, demissões em massa através do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP). 

"2. Trata-se de uma política desastrosa que desde 2011 tem ceifado o emprego de mais de mil metalúrgicos da GM, através de demissões “voluntárias”. Em 26 janeiro de 2013 foi assinado um acordo escravocrata, entre o Sindicato e a Multinacional, que aumenta a jornada de trabalho, reduz o salário e permite a demissão de centenas de operários pais de família. A desculpa da direção da Conlutas foi de que esta “era a única coisa possível a ser feita”. A Conlutas ensina a política errada, dizendo para a classe trabalhadora que “a única coisa possível” é render-se aos patrões sem lutar. Assim, eles mesmos não se mostram melhores do que a pelega CUT, principal central dos sindicalistas do PT, que tantas vezes criticam, corretamente, como lacaios dos patrões. Este acordo escravocrata serve agora de padrão para os próximos ataques, não apenas contra os metalúrgicos da GM, mas contra toda a classe trabalhadora, pavimentando o terreno para a imposição do “Acordo Coletivo Especial”, das 101 medidas da CNI, etc."