TRADUTOR

terça-feira, 12 de novembro de 2013

BALANÇO DA CAMPANHA SALARIAL METALÚRGICA DE CAMPINAS 2013

Quem foi à luta, arrancou
reajuste maior do que a média

Antonio Jr., metalúrgico, cipeiro e militante da LC

A Campanha salarial metalúrgica começou esse ano com o final das “jornadas de junho”, em que a burguesia estava preocupada que as mobilizações acontecidas em Rio e São Paulo pudessem chegar ao chão das fábricas.

Grande parte dos trabalhadores de Campinas e Região participaram das mobilizações em junho, com destaque para a própria cidade de Campinas, Hortolândia e Sumaré.

Nessa campanha salarial, um dos maiores medos da burguesia, era que a continuidade das manifestações das "jornadas de junho” tivessem uma adesão maciça da classe operária em greve. Isso não ocorreu. Todas as burocracias sindicais se limitaram a fazer atos de faz de conta em 11 de julho e 30 de agosto, sem a unidade real da classe através de greves conjuntas, assembleias intersindicais, etc. Esta política da burocracia sindical não correspondeu ao medo que a patronal tinha de nossa campanha salarial este ano, nem menos ainda serviu para potenciar as jornadas de junho a um nível mais avançado da luta de classes contra os capitalistas e seus governos. Deste modo, apenas em algumas fábricas atomizadas que se mobilizaram além da política da burocracia sindical arrancaram reajuste pequenos mas ainda acima da média.

A CAMPANHA

As negociações iniciaram com a ANFAVEA (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotivos) e a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) inauguraram a tática do dividir para vencer. Não existiu mesa de negociação das montadoras, cada montadora de nossa região (Mercedes Benz-Campinas; Honda-Sumaré; Toyota-Indaiatuba) fez uma mesa de negociação em separado, impedindo assim um acordo geral para os metalúrgicos de montadoras.

Nos outros grupos, a FIESP bateu o martelo de 8%. As fábricas que foram para a luta, sejam em mobilizações com assembleias semanais e pressão com operação tartaruga (CAF-Brasil), ou as que foram a greve (Amsted Maxxion) conseguiram mais que esse índice. 9,2% e 10% respectivamente (segue quadro abaixo).

Esses índices foram os maiores do Brasil tanto na categoria metalúrgica, quanto nas demais categorias.

O coletivo Vanguarda Metalúrgica afirma que a luta econômica por si só, não vai melhorar a vida dos trabalhadores, somente a mobilização permanente da classe operária na construção de um partido operário e revolucionário e de comitês de fábrica que lutem pelo controle operário da produção poderão fazer tremer os pilares do sistema capitalista, e fazer avançar a consciência dos operários rumo a sociedade sem exploradores e explorados.