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domingo, 1 de maio de 2016

1º DE MAIO, DIA INTERNACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA

Organizar a luta dos comunistas
na nova guerra mundial!

AOS OPERÁRIOS, TRABALHADORES, AOS OPRIMIDOS DO MUNDO;

Nos encontramos no 1º de maio de 2016 em um mundo à beira de uma barbárie sem precedentes. O mundo se encontra convulsionado por crises e guerras, que podem ser o prenúncio da revolução no novo século.

O espetáculo trágico de uma guerra mundial está surgindo na Síria, de onde milhares de pessoas fogem da guerra em centenas de balsas improvisadas jogando-se ao mar, morrendo muitas vezes afogados para escapar de morrer baleados em terra. Para os sobreviventes não resta um futuro melhor do que a miséria dos campos de refugiados criados pelos apetites imperialistas. Isso é o que o capitalismo pode dar à humanidade! Socialismo ou Barbárie são as únicas saídas para onde o capitalismo e suas crise conduziu a humanidade!

A profunda crise iniciada em 2008 arrasta de forma irreversível para a pobreza e a miséria aos trabalhadores. O resultado é que o 1% mais rico da burguesia controla mais da metade da riqueza mundial, enquanto os outros 99 % restantes são subordinados a uma exploração sem qualquer saída. Isso não pode continuar assim!

Há 8 anos, a crise imperialista de 2008 abria uma nova situação internacional. Historicamente a debilitação das metrópoles favoreceu as colônias. As guerras e crashs nas metrópoles sempre favoreceram o desenvolvimento de economias substitutivas coloniais. Inclusive, a própria industrialização das nações dominadas no século XX foi um dos subprodutos da debilidade das nações dominantes.

Na crise de 2008, a China consolidou sua condição de centro industrial planetário. A retração econômica das metrópoles imperialistas no mercado mundial permitiu a ascensão comercial da Rússia e da China na periferia semi-colonial do imperialismo. Os BRICS criaram um novo Banco mundial de financiamento de US$ 100 bilhões de dólares que diminuiria os superpoderes dos bancos imperialistas (FMI, BID, BM) sobre os países dominados. Também ameaçam os lucros dos EUA ameaçando desdolarizar as relações comerciais mundiais. Para conter essas ameaças o imperialismo deu início a um contra-ataque. Isso criou uma nova guerra fria, desta vez intercapitalista.

CONTRA-ATAQUE IMPERIALISTA,
“PRIMAVERA ÁRABE” E GOLPES DE ESTADO

A primeira fase do contra-ataque imperialista foi o desvio da "Primavera Árabe". Protestos de massas contra a crise econômica, mas carentes de direções revolucionárias, e sequer proletárias, foram sequestrados por direções vinculadas a direita burguesa, em favor da recolonização dos países pelo imperialismo. Os movimentos como a praça Tahir no Egito, e Taksin, na Turquia, questionaram efetivamente o regime ditatorial pró-imperialista, mas foram esmagados e por fim, foram utilizados pelos governos para perseguir e assassinar a oposição curda, na Turquia, e exterminar fisicamente com maior partido de massas do Egito, a Irmandade Muçulmana, mesmo depois desse partido ter conquistado a as eleições presidenciais do país e acordado a transição pactuada com os militares.

Estranhamente tal "primavera" não chegou ao mais oprimidos dos povos árabes, os palestinos. Na Líbia, a "primavera", com a participação direta dos aviões e soldados do imperialismo foi "mais profunda" e mudou o regime em favor da barbarização colonialista do petróleo do país. Também no Irã, e sobretudo na Síria, a "primavera" foi instrumentalizada pelo imperialismo.

Combinado a essa “primavera” sequestrada vieram os Golpes de Estado contra governos periféricos que se aproximaram dos BRICS (Honduras, Paraguai, Tailândia, Ucrânia) e as intervenções militares (Líbia, Síria) com mercenários e agentes do imperialismo. Quando o contra-ataque chegou as suas fronteiras a Rússia reagiu. Primeiro na Ucrânia, dando início a Guerra civil que dividiu o país. Em seguida na Síria, onde a força militar russa contrapesou ao apoio militar da OTAN aos mercenários, reestabeleceu uma correlação de forças favorável a Assad.

DA SEGUNDA FASE DO CONTRA-ATAQUE
IMPERIALISTA PARA A 3ª GUERRA MUNDIAL

A segunda fase do contra-ataque do imperialismo é voltado diretamente contra os governos dos membros mais fracos dos BRICS, Brasil e África do Sul, que não possuem armas nucleares. No Brasil, o impeachment foi aprovado com mais que 2/3 do Congresso votando contra Dilma. Na África do Sul, a oposição golpista é ainda frágil e fez uma manobra precoce, fadada ao fracasso. O golpe parlamentar foi derrotado. Zuma e o CNA controlam 2/3 do Congresso. Ao mesmo tempo, o imperialismo procura atrasar o avanço inimigo com um cessar-fogo na Síria e reaproximação diplomática e formal com Cuba e Irã, enquanto define na eleição dos EUA, quem será o novo comandante-em-chefe que continuará a campanha da guerra fria.

Atualmente existe duas tendências por parte do imperialismo: uma mais "diplomática", como se manifesta nas tentativas de aproximação a Cuba e ao Irã e outra tendência mais belicista, tal como se mostrou na Líbia, Síria, Ucrânia e Iêmen. A escalada de golpes institucionais na América Latina é uma adaptação regional dessa linha assim como a própria escalda belicista no Mar da China meridional. As próximas eleições estadounidense – ante um esgotamento da tendência “diplomática”, representada por Obama – definirão quem será o comandante em chefe do imperialismo que conduzirá a tendência belicista. Isto poderá abrir a 3a fase de la Guerra Fria interburguesa, diretamente contra os BRICS nucleares. Na terceira fase da atual guerra fria o imperialismo tenderá a ir já direto contra a Rússia e a China. Portanto esta mesma terceira fase é também o início da própria Terceira guerra mundial.

Nesse contexto, o proletariado e o conjunto dos povos oprimidos podem aproveitar as divisões que estão tendo as nações capitalistas para avançar nas suas lutas, começando por derrotar os contra-ataques imperialistas.

FRENTE COMUNISTA DOS TRABALHADORES – BRASIL

No Brasil, onde a influência de massas do PT não permitiu uma vitória eleitoral da direita mesmo depois de 4 eleições presidenciais consecutivas, o imperialismo conspirou com seus agentes internos (aparato repressivo, judicial, legislativo, mídia) para derrubar a presidente Dilma através de um fraudulento golpe parlamentar. Esse golpe político enseja não apenas uma vitória geopolítica mas uma contrarrevolução social muito mais profunda onde se concentra o maior proletariado na América Latina.

Os agentes do imperialismo aproveitam-se da desmobilização e desmoralização estabelecidas pelos governos petistas para criminalizar a vanguarda sindical e social acomodada. Apesar da FCT vir alertando contra o golpe em curso desde 2013, a resistência se organizou quando era muito tarde e o PT e PCdoB, que controla a maioria das organizações de massas, seguem desmobilizando a resistência popular. Assim, a ofensiva da direita pró-imperialista avança para eliminar uma a uma as principais conquistas trabalhistas e sociais da luta de classes do país, para, sobre uma base de superexploração das massas recuperar as taxas de lucros dos capitalistas no Brasil. Nessa ofensiva do imperialismo contra os trabalhadores, o PT capitula para o Golpe, desarma a resistência popular e chama as massas a vingarem-se dos golpistas votando em Lula em eleições antecipadas em 2017. Trata-se de uma armadilha para a qual o proletariado é conduzido pelo PT.

Uma vez que o golpe seja consumado, o governo golpista acentuará a caça as bruxas contra o próprio PT, Lula e ao conjunto do movimento de massas por longos anos para afastar toda possibilidade da volta do PT e de toda a esquerda ao governo. Isso comprova a necessidade de que os trabalhadores, estabeleçam uma frente única anti-imperialista, antigolpista mas marchem no sentido de sua organização política de forma independente do PT, da CUT e construam o partido revolucionário dos trabalhadores.

DÖRDÜNCÜ BLOK– TURQUIA

O partido AKP está no poder desde 2003, e tem tomado medidas cada vez maiores para o fortalecimento do Estado turco. 

Os Estados Unidos tratam de fazer uma limpeza no interior da camarilha governante para torna-la mais fiel aos seus interesses, em particular, para estabelecer uma nova fase nas negociações e no processo de solução imperialista para a questão nacional curda. Mas essa rearranjo obedece as necessidades agressivas do expansionistas da nova guerra do imperialismo e o governo do AKP se apóia nas condições criadas pela zona geográficas em que vivemos. Este conceito do imperialismo estadounidense se chama neo-otomanismo, precisamente se trata de criar o "Grande Oriente Médio", essa é o movimento para onde se orienta. Sob essa linha atuam os bandos terroristas jihadistas na Siria, como o ISIS efetivamente em consonância com a política do imperialismo.

Contra o fortalecimento de um regime fascista no poder de Erdogan e do AKP no poder não existe outra saída nem há nada mais importante que a construção de uma frente única. Criado recentemente, a construção do Dörduncu Blok constitui o centro de nossa atividade.

TENDENCIA MILITANTE BOLCHEVIQUE – ARGENTINA

Na Argentina, o governo de Macri, reorientou o curso de aproximação que a Argentina vinha estabelecendo com o Núcleo Euroasiático e se aproximou dos Estados Unidos. A vitória desta orientação na Argentina influenciou nas eleições da Bolívia, Peru e Venezuela e favoreceu a direita golpista também no Brasil.

Os trabalhadores estão sob os ataques do governo abertamente pro-imperialista de Macri. Esses ataques promovem o crescimento do desemprego e a pulverização dos salários. No dia 29 de abril, as centrais sindicais– todas controladas pela burocracia – convocaram uma mobilização em protesto contra o desemprego, etc. Esta medida foi, sobretudo, uma forma de descomprimir a pressão de suas bases proletárias, fazendo parecer que protestam contra Macri. Em meio a tudo isso, segue a caça as bruxas contra tudo que representa o anterior governo kichnerista.

Desse modo, o conjunto do movimento operário, apesar do controle burocrático crescente se vê obrigado a sair a luta contra o macrismo. Esta tendencia se converterá no fermento de um novo ascenso operário e antiimperialista. Os trabalhadores devem organizar-se de forma politicamente independente para frear a escalada de ataques de Macri e simultaneamente construir um partido revolucionário dos trabalhadores.

SOCIALIST FIGHT – GRÃ BRETANHA

Na Grã-Bretanha, a eleição de Jeremy Corbyn como líder do Partido Trabalhista em setembro passado, após a vitória dos conservadores de Cameron Davis em maio, sinalizou uma curva acentuada à esquerda da vanguarda da classe trabalhadora britânica. Mas imediatamente todo o estabelecimento lançou um ataque sobre a nova direção laborista.

Corbyn e o Chanceler das Finanças do Shadow Gabinete, John McDonnell, recuaram antes para apaziguar a reação, prometendo reconhecer o hino nacional, curvar-se à Rainha e pedir desculpas por elogiar o grande revolucionário irlandês Bobby Sands.
Esta ofensiva do governo de direita atingiu seu ápice quando a ela se juntaram os sionistas “Amigos do Labor de Israel” (LFI) e do Movimento Trabalhista Judeu (JLM), formalmente Poale Zion, apoiadores britânicos do partido Trabalhista de Israel, uma organização sionista. A suspensão do ex-prefeito de Londres e Executiva Nacional do Partido Trabalhista, Ken Livingstone, e da parlamentar Nazreen Shah, uma mulher muçulmana, do Partido Trabalhista sob alegações falsas de anti-semitismo, ou seja, de racismo anti-judaico, é uma suja manobra Blairite [relativo ao ex-primeiro ministro trabalhista, Tony Blair, também conhecido como o poddle de Bush] manobra sionista e parte de uma estratégia de golpe de explorar o preconceito anti-árabe e pró-sionista no movimento dos trabalhadores para destruir a liderança de Jeremy Corbyn.

A resposta de Ken Livingstone a esta ofensiva também merece a defesa da esquerda. Soma-se ao seu currículo sua oposição as alegações ridículas de "anti-semitismo" contra Naz Shah, e ele foi repetidamente na televisão para fazer isso. Isso é uma clara caça às bruxas demente, quando ao se recusar participar do ataque ao alvo original você acaba arrastado para o topo da lista de ódio como a próxima vítima.

O pior é que a direção do Partido Trabalhista sob Corbyn e John McDonnell efetivamente capitulou aos golpes da direita sobre a questão das alegações falsas de anti-semitismo, a criação de um inquérito sob as “liberdades civis”, respeitado e Director ex-Liberdade Shami Chakrabarti que toma como seu ponto de partida a suposição de que as alegações sionistas são verdadeiras, que o trabalhismo tem um "problema" com o anti-semitismo, e simplesmente se informa sobre como lidar com a suposta "problema". Um "problema" que na verdade não existe.

No entanto, a direção do Partido Trabalhista, centrado em Corbyn e McDonnell, recuam diante desses racistas apesar de sua história passada como apoiadores dos direitos dos palestinos. Eles estão capitulando à classe dominante ao fazê-lo. O sionismo é hegemônico entre a classe dominante do mundo imperialista como uma forma ideológica principal que ideologia racista na atualidade. Parar todas as expulsões de socialistas e opositores de racismo sionista do Partido Trabalhista! Reincorporação de todos os expulsos! Proscrever, e expulsar os partidários das três organizações neo-liberais/sionista que são efetivamente uma quinta coluna e uma ameaça para o movimento operário em si: “Amigos Trabalhistas de Israel”, “Movimento Trabalhista Judeu”, e do “Progresso”.

A classe trabalhadora britânica responde ao ao ataque do governo conservador. As magníficas greves dos médicos dos pequenos hospitais que está em curso com o apoio esmagador da opinião pública, porque entendem que esta é uma defesa do Serviço Nacional de Saúde em si. E os sindicatos dos professores começará a greve logo em oposição à proposta de fazer todas as academias da escola, para privatizá-los sob o controle dos grandes negócio e não dos funcionários locais. Os conservadores estão em crise profunda sobre o referendo europeu com a lei anti-imigração e o nacionalismo econômico (os controles de importação), questões que ameaçam derrubar Cameron se o referendo de junho 23 aprovar a ruptura com a UE. Nunca foi tão necessário a existência de uma direção revolucionária para conduzir as massas para a vitória.

A NECESSIDADE DE PARTIDO REVOLUCIONÁRIO!

Toda essa situação convulsiva aponta para uma perspectiva: a da necessidade de que tenhamos um grande porta-voz para bilhões de oprimidos que precisam triunfar sobre a barbárie, esse instrumento é o Partido da Revolução Mundial. Todos os conflitos indicam que precisamos de uma direção a altura destes combates.

Revolucionários em todo o mundo, a principal ferramenta na nossa luta por um mundo comunista, a única maneira de libertar a humanidade reside em nossa luta para erguer ombro a ombro, o Partido da Revolução Mundial, a Quarta Internacional Reconstruída;
Viva a revolução socialista mundial!

QUEM SOMOS NÓS?

Somos o Comité de Ligação para a Quarta Internacional (CLQI) é composto por seções na Inglaterra, Brasil, Argentina e Turquia. O CLQI defende os oprimidos do Terror imperialista e seus agentes! O CLQI defende incondicionalmente os direitos das nações, como os curdos, à autodeterminação nacional! O CLQI defende o Partido da Revolução Mundial através de nossa organização que é um passo modesto nesta linha.